Badanha é louco, tanto que o apelido foi ele quem se deu.
No RS, em certas regiões, usa-se a expressão "mais feia que a mulher do Badanha".
Não se tinha notícia do Badanha, nem de sua mulher, até o Badanha dizer:
- Ninguem nunca viu este Badanha. Pois eu serei o Badanha para que a futura minha mulher seja feia.
Algum Badanha deve ter exisitido na história, que gerou a expressão. O Badanha que conheço se intitulou e já honrou a expressão. Namorou uma feia.
Vamos a experiência.
Fui almoçar com Badanha. Ele anda por POA e me ligou. Fomos numa churrascaria e começaram a servir as carnes. Foi quando comecei a estranhar, na verdade com o Badanha, nada é estranho.
Cada pedaço de carne que nos ofereciam havia uma reação.
- Cupim?
- Bah! Cupim! Cara é cupim! - Dizia o Badanha animadamente. - Não! Obrigado!
- Picanha?
- Putz! Picanha! Tá, pode servir.
- Costela?
- Meu deus! Costela! Que coisa linda! Não! Obrigado
E assim foi todo almoço, elogiando e exclamando a cada carne que recusaria e renegando/reclamando as carnes que aceitava.
Lá pelas tantas ele me explicou:
- Tenho feito isto seguidamente. Até hoje só um garçon reclamou: "Pô tu reclama do que pega e elogia o que não aceita!".
Era o que Badanha buscava. Ele não tem curso superior, não é pesquisador oficial.
Ele é um curioso nervoso, gosta de provocar. Ele procura ver se as pessoas notam mais o reclame que o elogio, para isto inverteu a coisa.
Não sei se haverá alguma conclusão do trabalho do Badanha.
A experiência dele foi, para mim, um misto de constrangimento e diversão.
A experiência dele foi, para mim, um misto de constrangimento e diversão.
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