Tuesday, April 17, 2007

Carinho no Boné

Assim com anda difícil ver um umbigo feminino sem piercing, é muito difícil ver uma cabeleira masculina sem boné. Nas saídas das escolas é um show de bonés. Infelizmente a chegada do inverno dificulta a visualização da safra de piercings, mas imagino que eles sigam ali, embaixo de camadas de roupa, quem sabe no veranico de maio.
Voltando aos bonés. Além de proteger a cabeça do sol, no verão, e do frio, no inverno, o boné é uma marca. Rebeldia ou posses, o motivo não interessa, a oferta é enorme. Tenho simpatia pelos surrados, aqueles que perecem ter horas de cabeleira, se bem que para um boné ficar tão surrado, só se servir de assento. Claro que bonés recém comprados podem sofrer uma lapidação, tirar o verniz, para aparentar uso.
O que eu queria escrever, e só enrolei, é a importância do boné no relacionamento entre a gurizada. A aba do boné permite o primeiro contato, não físico, onde uma menina demonstra interesse pelo pretendido. Um tapa no boné, abaixar delicadamente a aba é a deixa ideal para os guris. Tá certo que hoje as gurias andam mais assanhadas, partem direto pro atraco, pegam aqui e ali, mas as meninas mais românticas tem esta ferramenta.
Baixa a aba do boné como quem diz: não me olha. Ele louco para olhar e pegar.
Tô longe de ser um estudioso da antropologia das relações humanas adolescenticas, mas que o boné da gurizada ajuda, isto ajuda.
 
As análises do texto acima se resumem a observações descompromissadas. O texto não pretende ter caráter cientifico ou socio-cultural.

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