Hoje espalhei mais um lote de sementes. Cada semana tenho espalhado sementes que amigos tem guardado.
Depois de muita chuva pelo sul do Brasil, hoje andava por uma rodovia e achei a faixa de domínio muito pobre.
Parei lacei dezenas de sementes de laranjeiras. Na semana passada ganhei dúzias e dúzias de laranjas.
Espremi, no braço, dezenas delas para fazer creme de laranja (com ajuda de amido de milho). Temos tomado muito suco tambem.
Guardei as sementas com restos de bagaço e deixei no carro. Hoje espalhei e marquei bem o local, como sempre.
Espero comer alguma fruta dentro de uns anos, nascendo uma árvore terá valido a pena o esforço.
Tenho reservado sementes de espécies nativas para matas ciliares. Para rodovias usarei espécies exóticas, sempre frutíferas.
Andei pensando em pegar frutas caídas dos pés, mas daí teria que ter uma camionete. Hoje circulo num econômico e bem regulado KA.
Estou germinado algumas sementes no meu local de trabalho, para ações de plantio direto.
Semana passada pesei um saco de sementes, fiz a contagem. Mesmo com erro de "contaminação" (outros restos de frutas, bagaço), umidade, diferenças de tamanho,... conseguirei ter uma idéia de quanto tenho espalhado.
Peso um saco, peso algumas e a velha regra de três me ajuda a determinar quatas sementes eu lancei.
Tenho tirado fotos e marcado em GPS os locais.
Espero que no futuro possa mostrar alguma árvore que eu ache que foi eu quem plantou. Na verdade mesmo que outra pessoa lance sementes ou um pássaro promova um plantio, os locai onde "plantei" minhas sementes são meus.
Lembrei que o início do projeto foi com as acerolas do solo que juntei. Centenas. Foi na casa de minha mãe, em Santa Cruz do Sul.
Cada dia, quando passava por lá (200 m de onde trabalho), ajudava minha mãe a pegar de 2 a 5 litros de frutas que rendiam muito suco (devemos ter alguns quilos de polpa congelada).
Um dia passei um ancinho (rastel) e juntei frutas e inços debaixo da árvore. Pensei em colocar no lixo, na composteira ou atirar num outro canto do pátio. Foi quando me dei conta de aquelas frutas poderiam gerar descendentes. Peguei uma sacolinha de supermercado (ohh pecado! A vilã ambiental da vez.) e no dia seguinte espalhei ao longo de uns bons 2 km numa caminhada ao longo de uma estrada.
Depois deste dia comecei a pedir sementes para familiares e amigos tenho tido trabalho toda semana.
As vezes de dentro do carro, sem descer, um punhado aqui, outro ali.