Hoje as 17:45 hs, quando fechava a bodega ambiental, apareceu um cara lá na FEPAM.
Depois de diversas tentativas frustradas apelava para FEPAM. Sem querer, pois na verdade buscava a Fiscalização Veterinária, nosso vizinho de frente.
Dentro do carro estava ela. Uma coruja, filhotão, com asa quebrada.
O rapaz, eng florestal, trabalha para um empresa de rede de transmissão. Uma rede necessita picadas para o cabeamento passar.
Numa derrubada de árvore podem ter derrubado um ninho.
Fui pegar o bicho e tomei um cagaço. Sintam o cheiro.
Uma boca côsa mais linda.
O cara, de trecho, para em hotel, já tentara de tudo.
Encarei ela. Coloquei-a num caixote e procurei veterinários, nenhum se arriscou a tentar ajeitar a asa.
Arranquei uma medicação para o bicho 1/8 de um AAS infantil. Peguei guisado fresco, comprei uma seringa e ela está aqui.
Descobri como fazer ela se alimentar. Gotejo água no bico dela, perto das narinas, ela se incomoda, começa a beber água e quando abre o bico meto uma porção de carne. Ela já se alimentou, está medicada. Amanhã dou jeito de levá-la no abrigo São Brás, de Santa Maria. Abrigo oficial do IBAMA. A asa está quebrada e torcida. Ajeitei-a junto ao corpo do bicho, montei um ninho com uma toalha velha.
Espero que ela se recupere. Torçam.
Gabriel deu o nome de Bugo, perguntei porque. Ele não sabe. Imagino que venha de Búho (Bubo bubo) que é coruja em castelhano.
Fotos? Tiradas, falta um cabo para passá-las.